Pesquisar e escrever sobre o rap é sempre uma honra, a nossa música é riquíssima, são clássicos de mais de 30, 40 anos que são lembrado pela geral, e rappers e grupos que não sai da memória.
Neste texto vamos dar uma pincelada sobre a criação do rap, a chegada ao Brasil, os primeiros a fazer esse som por aqui, e vamos mencionar alguns clássicos, grupos e rappers, um pequeno release sobre cada um deles.
Alguns que ficaram na história como; Pepeu, Thaíde & Dj Hum, Gog, Racionais, Sabotage, Mv Bill, RZO, Rappin’ Hood, Realidade Cruel. Além de Consciência X Atual, 509-E, Facção Central, Câmbio Negro, Cirurgia Moral, Sistema Negro, Visão de Rua, Detentos do Rap e DMN. Doctor Mcs e uma pá de nomes fodas. Mas se eu não mencionar algum, comenta aí no final da página. Vamos retratar.
O que é o Rap
Rap é uma sigla para a expressão em inglês “Rhythm And Poetry”, o que traduzindo significa “Ritmo e Poesia”, é um gripo, um pedido de socorro, uma mistura de ritmos intensos, com rimas poéticas, integrando o contexto social, politico, integrando o cenário cultural conhecido como Hip Hop.
A música Rap, tem uma batida envolvente rápida e acelerada, as letras vem em forma de discurso, com muita informação e inicialmente com pouca melodia. Não por norma, mas as letras falam das dificuldades e dos problemas das comunidades pobres.
Além das rimas, das batidas, o Rap é composto por danças com movimentos rápidos e malabarismos. Um exemplo é o Break dance. O rap ainda tem um cenário urbano, onde temos um visual cheio de grafites nas paredes das grandes cidades. E até nos dias de hoje, alguns não reconhece a arte, entendendo como parte de um vandalismo.
O Rap, é uma forma cantada e ritmada de contar o que se passa sobre os problemas e questões sociais das comunidades pobres das grandes cidades. Uma dor que ninguém mais ousa abordar, de uma forma direta e critica.
Como é chamado o cantor de Rap
Os intérpretes são chamados de rappers ou com a sigla MC “Master of ceremony” em português, “Mestre de cerimónia”. O rapper ou MC, pode cantar a capela ou seguir uma melodia de fundo que se denomina beat, sendo esta que marca o ritmo.
A origem do Rap
Segundo histórias o Rap surgiu na Jamaica na década de 60, mas logo se espalha nas comunidades afrodescendentes nos EUA na década de 70. Mais propriamente para os bairros pobres de Nova Iorque, onde os jovens negros e latinos. Que em busca de uma sonoridade diferente, deram assim um novo impulso e um novo significa a esse som foda chamado rap.
O importante é que o rap ganhou destaque, com o surgimento de equipamentos sonoros que amplificavam o som. Tais equipamentos eram amplificadores que contribuíram muito para o impulsionamento das festas ao ar livre que aconteciam muitas vezes pelas ruas.
Mas hoje em dia, transcendeu fronteiras e culturas. O Rap é um dos cinco pilares fundamentais da cultura hip hop.
Os pilares do hip hop
O DJ e produtor Afrika Bambaataa, reconhecido como o criador do movimento Hip-Hop, estabeleceu os quatro pilares essenciais dessa cultura: rap (música), Disc jockey (animador), breakdance (dança), graffiti (arte) e, beatbox (instrumental) Outros elementos incluem o MC, a moda hip hop e as gírias.
O pai do Rap
Humm, agora vai, essa é a pergunta. Quem criou o rap? Provavelmente quem criou o Rap é o DJ Kool Herc, um jamaicano que tocava em festas do Bronx. As raízes do ritmo partem dos guetos de Kingston até chegar a New York.
O Rap no Brasil
No Brasil o Rap só vai surgir por volta de 1986, mais propriamente na cidade de São Paulo. O Rap é um estilo de música que faz parte do movimento Hip-Hop. No Brasil, ele está mais associado a favelas e periferias, e é encontrado na maioria dos estados do Brasil. O estilo em certo tempo foi associado à criminalidade. Mas com o decorrer dos anos, foi identificado como um estilo forte que associa sentimentos em forma de música.
Antes mesmo do Rap chegar ao Brasil, algumas canções no estilo já tinham sido lançadas. Como possíveis primeiras canções estão, “Deixa isso pra lá” (faixa contida no álbum “Vou de samba com você”) de Jair Rodrigues em 1964. “Melô do Tagarela” (1979) de Arnaud Rodrigues e Luís Carlos Miele (paródia de Rapper’s Delight de Sugarhill Gang). “Mandamentos Black” (1977), e Melô do Mão Branca” (1980) de Gerson King Combo.
Outros como Rappin Hood, apontam que os repentistas nordestinos seriam os precursores do estilo no país. Uma característica comum é a realização de “batalhas” ou “pelejas” entre rimadores.
O padrinho da moda urbana
A moda do rap e hip hop é um estilo de se vestir de origem afro-americana, caribenha e latina, que teve origem no bairro The 5 Boroughs, em Nova Iorque, e, mais tarde, influenciou em cenas do hip hop em Los Angeles, Galesburg, Brooklyn, Chicago, Filadélfia, Detroit, Porto Rico, entre outros. Cada cidade contribuiu com vários elementos para o seu estilo geral visto hoje no mundo inteiro.
Geralmente, as roupas utilizadas no hip hop são largas, para que os movimentos fiquem maiores, dando mais efeito visual para a dança. Também são utilizados bonés, muitas vezes virados para trás ou de lado. Costumam ser usados shorts e, na maioria das vezes, as roupas são vistosas.
O primeiro estilista a unificar a moda convencional com o estilo do Hip Hop foi Karl Kani, que desenvolveu as primeiras calças com o formato propriamente largo. Pelo sucesso das vendas ele recebeu o título de “padrinho da moda urbana” e também foi eleito mais tarde pela revista People um dos 100 Afro-Americanos mais ricos do mundo.
Estação São Bento do Metrô
O Rap chegou ao Brasil no final dos anos 1980, com grupos de periferia que se reuniam na Galeria 24 de maio e na estação São Bento do metrô de São Paulo. Onde “JR Blaw”, padrinho do grupo “Rota de Colisão” que nasce em 1990, uns dos primeiros a defender o Hip Hop na Praça São Bento, lugar onde o movimento punk começava a surgir.
Nesta época, as pessoas não aceitavam o rap, pois consideravam este estilo musical como sendo algo violento e tipicamente de periferia. Os primeiros a frequentarem o local foram os dançarinos de breakdance, o principal tipo de dança hip hop.
Nelson Triunfo
O dançarino Nelson Triunfo é considerado um dos primeiros dançarinos de breakdance do país. Dentre estes b-boys, muitos acabaram decidindo serem rappers, como são chamados os cantores de rap. Apelidados de “tagarelas”, tiveram que se mover para a Praça Roosevelt porque houve uma divisão de grupos para cada um continuar difundindo um pilar da cultura hip hop em cada lugar. Pouco tempo depois, os rappers tornaram-se os principais representantes do movimento no Brasil.
Um dos primeiros a gravar um disco
Foi de colaboração essencial para o desenvolvimento do rap no país a apresentação do popular grupo americano Public Enemy, em 1984. Através dele foi apresentado o rap a um número grande de pessoas e começou a se difundir rapidamente entre a periferia dos grandes bairros. Um dos primeiros grupos de breakdance a gravarem um disco foi o “Black Juniors”, formado por irmãos da periferia de São Paulo. O grupo foi descoberto por Nelson Triunfo e se inicialmente usava o nome Funk Juniors, o grupo misturava soul e rap e teve um álbum produzido e com canções compostas por Mister Sam, um DJ e produtor argentino… (escrevendo)
